Esta série tem como propósito colocar a pessoa no centro da composição, ou seja, valorizar o ser humano e a sua condição para além do contexto em que está inserido. Este princípio é inspirado no trabalho do casal Becher, no qual a arquitetura foi convertida em escultura através de uma metodologia técnica fundamental. Isto vai ao encontro da minha visão do europeu: um ser privilegiado pelo humanismo, proporcionado por um lugar que possui este princípio como algo adquirido.
A nível formal, o ambiente envolvente, não sendo ignorado, é tratado como linhas gráficas que passam a ser secundárias, ao mesmo tempo que a horizontalidade e verticalidade se anulam. Sobressai uma dimensão individual que é realçada através da centralização e da modulação do espaço. Num conjunto, destacam-se ritmos e linguagens diferentes, mas não contraditórias, embora o objecto tratado seja o mesmo.