“Europa que não soubeste ouvir do fundo dos tempos a voz…”
(Adolfo Casais Monteiro, 1946)

Partindo do registo de um espaço do quotidiano – o café ‘Frigideiras do Cantinho’ – de uma cidade europeia detentora de um tangível legado histórico e cultural incorporado no ‘ser’ europeu, captou-se o local de forma a que essa parte histórica ficasse em segundo plano. Subjacente à construção visual, jogou-se com proximidade e distância como filtro interpretativo de leitura imediatista do mercado (actividade comercial) que obscurece a herança histórico-cultural, relegada para uma segundo plano, quase imperceptível, esquecida, sendo esta a verdadeira essência de ‘o europeu’.